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POEMA DE NATAL
Marlene Andrade Martins
Eu devia abandonar todo aquele queixume.
Mas, olhando para trás,
vejo que me acompanham sulcos deixados.
Caminho de passos enterrados
nesta brancura de dezembro.
Os galhos secos congelam,
cristalizando, as gotas d'água,
ornamentando-as para a chegada do Natal.
Sulcando mais e mais a neve, meus passos
seguem no rumo de lojas já cintilantes.
Predominantemente /
o vermelho, o verde e o prateado
adornam os regalos /
que meus pés caminham para buscar.
E as músicas que cantaram tantos Natais
elevam, como uma magia,
nós os magos, /
ao espírito natalino.
E eu devia enterrar todos aqueles pensamentos
naquele caminho de passos enterrados
naquela brancura de dezembro.
Mas como, /
se aquele seria o caminho de volta
de Joãozinho e Mariazinha?
E será sempre o caminho /
sem ida e sem volta
dos Joõezinhos e Mariazinhas /
que nunca souberam do caminho da Estrela
que lhes trouxesse os Reis Magos e seus presentes.
E eu devia abandonar todos esses pensamentos
naquele caminho de passos enterrados /
nesta brancura de dezembro. |